terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Bradesco - Semanal - LOG

Atualizando o post : http://elucubracoesgrafistas.blogspot.com/2007/02/bradesco-semanal-log.html


Uma bela venda, heim ???


Um comentário:

Unknown disse...

O Bradesco divulgou, ontem, um lucro líquido de R$ 5,054 bilhões para 2006. O resultado caiu 8,34% em relação ao apurado em 2005, influindo na queda de 2,81% das ações preferenciais do banco, que fecharam a R$ 83,09. O índice Bovespa recuou 0,79%.


Em 2002 o Bradesco já havia registrado queda do lucro, com o aumento da volatilidade dos mercados. Desta vez, o principal motivo não foi operacional e sim a decisão do banco de amortizar o estoque de ágio de aquisições que acumulava. O Bradesco vinha amortizando ágio ao ritmo de R$ 400 milhões por ano. Mas, viu espaço para acelerar o passo no ano passado, aproveitando os ganhos obtidos com a expansão do crédito.


O Bradesco acabou amortizando R$ 2,5 bilhões em 2006, zerando o estoque de quinze aquisições. Já no primeiro semestre o banco amortizou ágio acima do usual, R$ 433 milhões, levando o lucro líquido recorrente de R$ 6,649 bilhões para R$ 6,363 bilhões. No terceiro trimestre mais R$ 2,1 bilhões foram amortizados. Mas, os dividendos pagos a acionistas e a participação nos lucros dos empregados tiveram uma base de cálculo maior, de R$ 6,445 bilhões.


"Agora, o balanço está limpo do efeito de ágio", disse o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano. Será por pouco tempo. Assim que o Banco Central (BC) aprovar a aquisição do Banco BMC, fechada em janeiro, provavelmente ainda no primeiro semestre, haverá mais R$ 500 milhões brutos, ou R$ 350 milhões líquidos, para amortizar, calculou o vice-presidente Milton Vargas. Adquirido por R$ 800 milhões, o BMC será pago mediante emissão de ações do Bradesco, correspondentes a aproximadamente 0,94% de seu capital social. "Vamos amortizar tudo no trimestre da autorização", disse Vargas, negando que a operação acarrete algum ganho fiscal.


Os analistas da Merrill Lynch se impressionaram, porém, com as receitas financeiras e não financeiras do quarto trimestre, que subiram, mas menos do que esperavam. O lucro líquido do quarto trimestre ficou em R$ 1,7 bilhão (R$ 1,62 bilhão recorrente). Ainda assim, mantiveram a recomendação de compra das ações do banco.


Ao divulgar os resultados, ontem, a direção do Bradesco comentou que o aumento das operações de crédito e a maior ênfase em linhas de maior risco e retorno compensam a queda dos juros. A carteira de crédito total cresceu 4,6% no quarto trimestre, acumulando 18,6% no ano, para R$ 96,219 bilhões. Incluindo avais e fianças, atingiu R$ 111 bilhões.


As operações com pequenas e médias empresas cresceram 23,8% para R$ 28,896 bilhões; com pessoas físicas, 19,2% para R$ 39,611 bilhões; e com grandes empresas, apenas 12,8% para 27,712 bilhões.


Algumas linhas registraram queda no último trimestre. É o caso do crédito pessoal, que encolheu 2%, por causa da redução das cessões de carteiras. Os bancos pequenos e médios, que vinham vendendo carteira para se financiar, encontraram outras alternativas de funding, disse Cypriano, como a abertura de capital, emissões externas ou fundos de securitização.


Mas Vargas notou que, por outro lado, o cartão de crédito deu um salto de 87,6% - 26% apenas no último trimestre - para R$ 5,629 bilhões. Parte disso é resultado da incorporação do American Express; e parte é resultado do crescente uso do cartão como meio de financiamento, negócio que o banco vem explorando em parceria com empresas de varejo. Só a parceria com a Casas Bahia já resultou em 2 milhões de cartões.


Para este ano, Cypriano prevê o aumento de 20% a 25% do crédito, novamente puxado pelas operações com pessoas físicas, que devem crescer de 25% a 30%. O cenário com o qual o banco trabalha é de um crescimento da economia de 3,6%, podendo chegar a 3,9%, segundo o banqueiro.


Entre os destaques, relacionou o crédito imobiliário, que atingiu R$ 2,2 bilhões no final de 2006 e deve chegar a R$ 3 bilhões neste ano. Outro é o consignado, cuja carteira, que fechou o ano em R$ 1,446 bilhão, deve dobrar com a compra do BMC, que tem uma rede de 7 mil agentes para distribuir crédito. Cypriano argumentou que há muito espaço para crescer no consignado: apenas 5 milhões dos 25 milhões de beneficiários do INSS já tomaram crédito, afirmou.


O aumento do crédito proporcionou o crescimento de 20% das receitas com essas operações, para R$ 20 bilhões. Mas as despesas com provisões saltaram 76% para R$ 4,4 bilhões, elevando o saldo dessas reservas para créditos problemáticos para R$ 6,6 bilhões, equivalente a 6,9% da carteira total.


As operações melhor classificadas com rating de AA a C (até 60 dias), que eram de 93,2% da carteira total em dezembro de 2005 diminuíram para 92,1% em dezembro passado. Já os créditos classificados acima de D (até 90 dias) cresceram de 6,8% em 2005 para 7,9% da carteira total em 2006.


O Bradesco informou que, do resultado apurado em 2006, 34% foram provenientes das operações de seguros, previdência e capitalização; 23% das operações de crédito; 26% das receitas de prestação de serviços; 9% dos resultados de tesouraria e títulos e valores mobiliários; e 8% do resultado das captações. As receitas de prestação de serviços aumentaram R$ 1,549 bilhão, ou 21,1%, entre dezembro de 2005 e de 2006, totalizando R$ 8,898 bilhões - expansão que o banco atribuiu ao aumento da base de clientes. O Bradesco fechou o ano com 35 milhões de clientes, sendo 16,8 milhões correntistas.

Dúvidas ou Sugestões ???

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