terça-feira, 5 de junho de 2007

Mercados Financeiros

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou com discreta baixa nesta terça-feira, sem conseguir escapar do mal-estar global diante da redução da probabilidade de corte do juro norte-americano este ano. Os papéis da Petrobras subiram 0,65% nesta terça-feira, para R$ 47,99, e contribuíram para conter a queda do Ibovespa, que recuou 0,15%, para 53.162 pontos.

O volume financeiro desta terça-feira foi de R$ 4 bilhões, levemente acima da média diária do ano, com destaque de compras por parte de corretoras que atuam para estrangeiros. A Bovespa teve saldo externo positivo de R$ 427,3 milhões em maio, elevando o superávit no ano a R$ 1,94 bilhão. A cifra já está acima do superávit de 2006 inteiro, que ficou em R$ 1,75 bilhão.

Outro foco de atenção é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que anuncia a decisão sobre o juro básico brasileiro na quarta-feira. A expectativa de analistas é de que o Copom corte a Selic em 0,50 ponto percentual, mas existe uma corrente que acredita na manutenção do conservadorismo com uma redução de apenas 0,25%.

O dólar subiu pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira, acumulando alta de mais de 2%, com a atuação de investidores estrangeiros num cenário externo menos favorável. A moeda norte-americana avançou 0,93% nesta sessão, a R$ 1,946. Desde o fechamento a R$ 1,902 na sexta-feira, o mais baixo desde outubro de 2000, a moeda subiu 2,3%.

Lá fora

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones caiu 0,59% depois que dados fortes sobre o setor de serviços somaram-se a comentários do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke. Ele vê risco de que o nível elevado do núcleo da inflação não ceda e acredita que a economia norte-americana crescerá em ritmo lento nos próximos meses.

O preço dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos ampliou a queda nesta terça-feira, depois que um relatório indicou crescimento mais forte que o esperado do setor de serviços no país em maio. O índice do setor de serviços do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) subiu para 59,7 em maio, ante 56 em abril. A mediana das previsões de analistas apontava uma queda para 55,3.

Com a queda dos preços, o rendimento dos Treasuries de 10 anos, referência do mercado, subia para 4,96%, ante 4,93% no final da segunda-feira. O rendimento dos Treasuries de 2 anos alcançou 5% pela primeira vez desde janeiro.

Ásia

A praça chinesa recuperou-se do tombo de ontem e fechou no território positivo nesta terça-feira. O índice Shanghai Composite subiu 2,6%, para 3767,10 pontos, uma jornada depois de recuar mais de 8% ante preocupação de que as autoridades da China preparam possíveis novas medidas para conter o mercado superaquecido.

Nas demais Bolsas da Ásia, o fim dos negócios também foi marcado pela valorização. Em Tóquio, o Nikkei 225 aumentou 0,45%, aos 18053,81 pontos, influenciado pelo comportamento das ações de empresas de energia e de veículos. Foi a primeira vez desde 27 de fevereiro que o indicador acaba acima dos 18 mil pontos.

O Hang Seng, de Hong Kong, apresentou elevação de 0,54%, aos 20842,15 pontos. O Kospi, de Seul, subiu 0,26%, para 1742,19 pontos.

Fonte: Reuters

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