Isso sim é "virar a mão" !!!
As bolsas de valores de todo o mundo despencaram ontem. O dia começou nervoso na Ásia e o pessimismo se espalhou pelo mundo. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones perdendo mais de 300 pontos, em meio a sinais de maior fraqueza do mercado imobiliário e de piora das condições de financiamento de acordos corporativos.
O Dow Jones caiu 2,26%, para 13.473 pontos. O Nasdaq, 1,84%, para 2.599 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 2,33% (1.482 pontos).
O S&P perdeu cerca de US$ 300 bilhões em valor de mercado na pior sessão desde a forte queda de 27 de fevereiro deste ano. Mesmo com o tombo, os índices S&P e Dow Jones ainda estão a cerca de 5% dos recordes de alta.
A queda no lucro trimestral da Exxon Mobil ajudou a eliminar mais de US$ 16 bilhões em valor de mercado da maior companhia de capital aberto do mundo.
A dose diária de más notícias sobre o mercado imobiliário veio nesta quinta-feira das duas maiores construtoras residenciais, D.R. Horton e Beazer Homes, que divulgaram prejuízo no trimestre.
As ações do setor financeiro desabaram com a evidência crescente de que os problemas no setor de crédito imobiliário de alto risco estão se espalhando, tornando mais difíceis as aquisições corporativas que ajudaram a sustentar o mercado.
O volume esteve bem acima da média na Bolsa de Valores de Nova York, e a proporção de ações em queda ante os papéis em alta era de cerca de 10 para 1. No final da manhã, a bolsa impôs limites de baixa para as negociações.
As bolsas de valores européias sofreram a maior queda em um só dia em mais de quatro meses após a piora no ambiente de aquisições de empresas e preocupações com o mercado imobiliário norte-americano terem aumentado a aversão ao risco.
O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 2,6% a 1.530 pontos, o menor patamar desde 2 de abril e em queda pelo terceiro dia seguido. O indicador perdeu 6,4% desde que atingiu a maior alta em seis anos e meio, a 1.635 pontos, em 13 de julho, mas ainda tem uma alta de 3% no acumulado do ano. Os volumes do índice foram até seu maior patamar em um mês. Os bancos estavam entre as maiores queda no índice, com o Royal Bank of Scotland, o Credit Suisse e o UBS caindo entre 3% e 3,4%.
Influenciando os mercados europeus, os índices das bolsas de valores norte-americanas caíam por sinais de mais deterioração do mercado imobiliário, maiores preços do petróleo e preocupações com crédito.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 3,15%, a 6.251 pontos. Na bolsa de Frankfurt, o DAX caiu 2,39%, para 7.508 pontos. O CAC-40, de Paris, recuou 2,78% (5.675 pontos). Em Milão, o Mibtel sofreu baixa de 2,01% (31.235 pontos). Entre as bolsas européias, também caíram Madri (2,66%) e Lisboa (1,64%).
Primeiras a refletir a situação, as bolsas da Ásia acabaram influenciando os demais mercados. A baixa foi generalizada, com exceção do pregão de Xangai, onde o otimismo recentemente tem se mostrado maior que em outras partes do mundo. Lá, a bolsa subiu 0,52%.
Resultados trimestrais decepcionantes de empresas, agitações eleitorais no Japão e temores de inflação na Austrália influenciaram o mercado asiático. Os negócios foram influenciados também pela estabilização do dólar e alta nos preços do petróleo.
A bolsa de Tóquio recuou 0,88%, para 17.702 pontos, patamar próximo do menor nível em quase dois meses. Investidores puniram a Advantest, fabricante de equipamentos para testes de chips que despencou 5% depois que divulgou lucro trimestral menor.
Na Austrália, especulações sobre eventual aumento de juros para conter a inflação atingiram ações de bancos, enquanto os preços dos metais em queda prejudicaram papéis de mineradoras. O índice da bolsa de Sydney caiu 1,29%, para 6.258 pontos, menor nível desde o começo de julho.
Em Seul, o mercado caiu 2,03%. Preocupações crescentes de que algumas ações estão excessivamente valorizadas, após a bolsa acumular alta de quase 40% este ano, afetaram os negócios.
O índice MSCI que reúne os principais mercados asiáticos, exceto o Japão, exibia desvalorização de 1,29%. A bolsa em Taiwan caiu 1,78%, acompanhada por queda de 1,48% em Cingapura. Em Hong Kong, a queda foi de 0,64%.
Bons negócios
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