"ELLIOTT WAVES"
Este é sem dúvida, um dos temas de mais difícil explanação numa tentativa de resumo, dada sua complexidade, tornando difícil a sua compreensão para quem não tiver mínimas noções sobre o assunto.
Diversos modelos de análises oferecem diversos pontos positivos e negativos, cabendo aos investidores escolher aqueles que mais se adaptam/adequam à sua personalidade.
Modelos de gestão do risco, portanto, tendem a ser a peça mais importante dessa equação, pois praticamente, qualquer método de análise poderia ser aplicado, sendo que, SEM o Money Management, nem a análise mais apurada, nem o sistema mais lucrativo, teria sobrevivencia no longo prazo.
Cabe esclarecer que a Análise Gráfica não tem a intenção de “adivinhar o futuro”. Os gráficos apenas apresentam as oscilações passadas (fotografia) e, de acordo com a formação dos padrões estabelecidos, as conclusões são tiradas de acordo com a interpretação de cada investidor. Como muitos sabem, este tipo de análise pode atuar como a "Biruta" (que nos aeroportos indica a direção dos ventos), ou como Barômetro (serve para medir a pressão do ar, mostrando as condições atmosféricas vindouras prognosticando, assim, as variações do tempo) aqueles que se utilizam deste tipo de ferramenta devem estar preparados para mudar de opinião, sempre que as circunstâncias gráficas assim sinalizarem.
A teoria das ondas de Elliot trata os movimentos de mercado pela Teoria Fractal. Esta teoria diz que um fractal é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes, sendo que cada uma das partes é semelhante ao objeto original, e gerado normalmente por um padrão repetido.
Nos fundamentos da Teoria de Ondas de Elliot existe a afirmação categórica que "o mercado tem um comportamento repetivivo, compreendido por movimentos de impulsos e movimentos de correções' e entre seus três elementos principais está "o Padrão, a Proporção e o Tempo."
Elliot sustenta a idéia que as seqüências de altas e baixas no mercado podem ser explicadas por um certo padrão que não segue lógica determinada, ou seja, um Padrão Caótico. Na teoria do caos, é dito que tudo no universo por mais aleatório que seja, possui um grau de repetição. Isto quer dizer que as variações aparentemente aleatórias no mercado, seguem um padrão, mesmo que caótico. E, que tal padrão se repete em escalas menores ou maiores que o período observado, seguindo uma lógica fractal.
Os fractais possuem infinitas formas, no entanto, há duas características freqüentemente observadas: a auto-semelhança e complexidade. Diz-se que é complexo, pois a quantidade de detalhes é infinita, o que torna impossível de representá-los totalmente. Em sua forma, sempre haverá saliência e concavidade cada vez menores. Ao mesmo tempo, diz –se também que possuem auto-similaridade, pois apresentam cópias de si mesmo em seu interior. Um pedaço de fractal é similar ao seu todo. Em diferentes escalas, a sua aparência apresenta similaridade.
Particularmente não sou adepto a contagem de ondas, visto que, principalmente no que chamam de "Ondas Menores" (aquelas que fazem parte das "grandes Ondas") em varias oportunidades já me deram muito "caldo"...
A principal idéia é de tentar resumir a teoria, sem grandes aprofundamentos, numa explanação em linguagem "accessível".
Elliott chegou à conclusão, após muitas análises de gráficos, que fatos mundiais relevantes, ocorridos em determinados períodos, se ajustavam às constantes oscilações das cotações ou índices das bolsas, quer num sentido, quer noutro.
Bob Prechter, seu seguidor nestas análises, verificou que esses fatos relevantes, tais como, a revolução industrial, as mudanças em estruturas políticas, sociais e ideológicas, grandes descobertas técnicas e da electricidade e do petróleo, evoluções nos transportes e comunicações, crises de várias ordens, conflitos e guerras, não só apareciam refletidos nos gráficos dos índices, " à posteriori ", como tambem, curiosamente, por antecipação, sobrepondo-se perfeitamente os efeitos previsíveis desses fatos, às ondas desses gráficos.
Estudando a evolução das cotações, nos gráficos, até aos seus primórdios e tendo em conta esses fatos relevantes, até então ocorridos, ajustou essa análise aos períodos anteriores à existência da "bolsa", baseando-se noutros valores economicos, possivelmente comparáveis.
Concluiu que há uma determinada sequência de ondas nos gráficos, com uma certa regularidade.
Verificou também que as ondas maiores dos gráficos continham outras ondas menores dentro delas próprias, que apresentavam exatamente o mesmo padrão de evolução, levando-o a poder "prever" com certo alto grau de acertividade as próximas evoluções.
Concluiu ainda que uma tendência prolongada de altas ou quedas, se verificava, apresentando uma série de Cinco ondas, das quais a 1ª, a 3ª e a 5ª seguiam a tendência de base, nominando-as de "ondas impulsivas", sendo as 2ª e 4ª sempre de contra-tendência, como que, a quebrar o curso natural da tendência de base. Este conjunto de 5 ondas obviamente era parte integrante de um outro "ciclo".
A estas cinco ondas, seguiam-se normalmente três ondas em "zig-zag" (A, B, C) que tambem, por sua vez, formavam elas próprias uma nova onda de tendência contrária às cinco anteriores, a qual batizou de "ondas corretivas".
Como conseguiu detectar que este conjunto, ou esta sequência, sempre tinha alto grau de acertividade, só lhe restava ir avaliando as próximas evoluções do mercado e ir analisando a sequência das novas ondas de acordo com o padrão daquele momento.
Resumindo-se então, as ondas ímpares são sempre "impulsivas", (determinantes da tendência), enquanto que as pares são "corretivas", (contrárias à tendência inicial).
Para uma contagem correta das ondas, concluiu que das cinco, a onda 3 nunca era a menor, e que a onda 4 nunca invadia os valores da onda 1 e também que a 2 nunca ultrapassava o pico da 1.
Elliot utilizou propriedades percebidas na série de Fibonacci para estudar e entender a movimentação das ações. Assim, concluiu que:
a) A onda 1 (primeira onda de uma seqüência) é a base para se determinar as razões das demais ondas.
b) A onda 2 (segunda onda da seqüência) se relaciona com a onda 1, numa razão de 50% a 62% desta.
c) A onda 3 está relacionada à onda 1 segundo a proporção 1,618, 2,618 ou 4,236.
d) A onda 4 relaciona-se à onda 3 por uma das relações: 24%, 38% ou 50% desta.
e) A onda 5 está relacionada à onda 1 segundo uma das proporções: 1,00, 1,618 ou 2,618
É muito comum encontrar uma onda que corrija até anterior em uma proporção de aproximadamente 0,62, ou seja, 62%. Isto é, a Onda 2 corrige a Onda 1.
Já a Onda 3 supera o pico da Onda 1 também em 62%, aproximadamente.
Elliott definiu a existência de "Graus de ondas" relativamente à sua "Amplitude" e "Interpenetração". São elas :
"Grande Superciclo" - "Superciclo" - "Ciclo" - "Primária" - "Intermediaria" - "Menor" - e - "Atual" .
Há no entanto um problema que Elliott e seguidamente, Bob Prechter (e até hoje até onde u saiba NINGUÉM) nunca conseguiram resolver, que foi o Fator Temporal das mudanças de onda, ou a detecção exata do seu término de acordo com o tempo decorrido.
É possível defini-las à posteriori, prever a sua evolução próxima futura, mas não jamais a sua extensão temporal.
Acrescente-se ainda, pela sua enorme importância, que cada "amplitude", no sentido de subida ou descida da onda, tende a variar de acordo com as "Proporções de Fibonacci", das quais, a de variação de 61.8% apresenta características muito especiais (mas isso já seria pra outra abordagem).
Com o conjunto das "ondas de Elliott" e das "linhas de Fibonacci" é possível com bom grau de probabilidade, definir "pontos de reflexão" que são indicações muito importantes para se tomar decisão de posições "curtas" ou "longas", ou ainda decisões de gerenciamento de risco (stop), com relativas e comprovadas chances de sucesso.
Segundo a metodologia, a cada momento, principalmente em investimentos de curto prazo (swing/day trade), fica sempre a expectativa de tentar analisar qual será "previsivelmente" a evolução de determinada onda e tentar interpretar que tipo de onda está em formação, em função da sua evolução dentro das linhas de Fibonacci .
É essa "convicção", ou esse "sentimento" que podem ser mais uma das ferramentas a corroborar com a nossa tomada de decisão nesse nosso mercado de renda Variável.
Por último, algumas frases pinçadas:
"SISTEMA"
O "segredo" de um trader de sucesso é encontrar um "sistema" com o qual ele seja compatível. (Ed Seykota)
Quase todo trader de sucesso que eu conheço, no final das contas, termina com um "estilo de operações" que se encaixa em sua personalidade.
(Randy Mckay)
"GERENCIAMENTO DE RISCOS"
Tenho duas regras básicas sobre como vencer nas operações,bem como na vida:
(1) Se você não apostar não poderá vencer.
(2) Se você perder todas as suas fichas, não poderá apostar. (Larry Hite)
Sempre realizo rapidamente meus "prejuízos", provavelmente esta é a chave do meu sucesso. Você sempre pode retornar para o mercado,mas se ficar zerado, acabará vendo as coisas diferentemente. (Marty Schwartz)
"DISCIPLINA"
A característica mais importante para ser um trader bem sucedido é a "disciplina",tenho certeza que todo mundo lhe dirá isso. (Gary Bielfeldt)
Talvez o tema mais citado entre os "magos do mercado" foi a "disciplina" como o fator mais importante para o sucesso como trader. (Jack D Schwager)
Um bom final de semana a todos !
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